A crise técnica e a possível retomada do Bahia em 2020
Por Fernando Ramos
O Bahia enfrenta uma grande crise técnica nesta temporada, crise que passa por diferentes nomes e treinadores, que buscaram e buscam implantar estilos de jogo e aperfeiçoamentos técnicos e táticos no decorrer das competições. O clube começa o ano se reforçando bastante no ataque, trazendo Rodriguinho, Clayson e Rossi para a equipe, mantendo grandes nomes da temporada passada, como Gilberto e Élber e agregando jovens como o centro a avante Saldanha de 21 anos. Além disso o clube se reforça ainda mais nas laterais e na parte defensiva, trazendo por exemplo: Zeca, Juninho Capixaba. Jogadores com rodagem e que agregaram muito valor a equipe. Portanto, o então técnico Roger Machado tinha em suas mãos diferentes armas e peças para renovar e continuar seu trabalho no Bahia esta temporada.
Entretanto o treinador não obteve sucesso na sua tentativa de implementar um estilo de jogo e não conseguiu obter um rendimento produtivo de seus jogadores, tanto técnico, quanto tático. Em virtude desses fatos, o mesmo não conseguiu achar um “rosto” para este Bahia.
O treinador terminou seu ciclo no tricolor com 50% de aproveitamento, em uma decrescente, após ser eliminado precocemente da Copa do Brasil, ter perdido a Copa do Nordeste para o Ceará, ser derrotado pelo maior rival (Vitória) dentro da Fonte Nova e perder por 5 a 3 para o Flamengo, dentro de casa no Brasileirão.
Logo após essa derrocada de Roger Machado, o presidente Guilherme Bellintani buscou um nome para assumir o comando técnico do Bahia e, mesmo com a dificuldade atual do mercado, precisava entrar um nome de peso para assumir o controle e retomar a ordem no Tricolor. Logo após semanas com o auxiliar Claudinho Prates no comando, não conseguindo mudar o ânimo da equipe, o clube anuncia a chegada de Mano Meneses, técnico renomado, com passagem pela seleção brasileira e grandes clubes, como Corinthians e Cruzeiro.
Até então são três partidas do treinador no comando da equipe e três derrotas. Mano ainda busca a reestruturação tática e organização do time, além de buscar uma retomada de confiança nos seus jogadores. O ajuste e bom rendimento do sistema defensivo foi um dos temas mais enfatizados por ele, já que o Bahia é um dos times que mais levou gols no Campeonato brasileiro, (19 gols sofridos e um saldo negativo de 7), além de retomar a confiança e tranquilidade do sistema ofensivo para que o time consiga atacar com mais fluidez.
Após a última partida, em que o time foi derrotado por 1 a 0 pelo Athlético Paranaense em Curitiba, o treinador falou sobre a evolução e a implementação do trabalho na equipe: “A equipe vem evoluindo notoriamente nos fundamentos do jogo. Ela pega a bola lá atrás, sabe como quer construir, mesmo que o adversário imponha dificuldade. Temos uma saída que permite uma construção de qualidade. Tem se defendido melhor, porque estamos buscando essa consistência, embora pense que o gol que tomamos não é gol de tomar. Organizar ideias, trabalhar para que a equipe aproveite oportunidades. Melhoramos, mas não o suficiente, porque estamos errando em momentos cruciais: o gol que tomamos, depois tivemos a penalidade máxima, que é um momento importante para empatar e ter confiança para buscar a virada”, destacou Mano.
Foto: Bruno Queiroz/ECBahia
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