Como o esporte mudou a vida do advogado Alessandro da Silva

Foi no dia 7 de janeiro de 2018 que o advogado Alessandro da Silva, 33 anos, marido de Fernanda e pai de Eduarda e Marcela resolveu descer para jogar bola na quadra do condomínio no bairro de Brotas. Apesar do pedido das meninas para não ir, ele insistiu e disse que se tivesse muita gente para jogar voltaria. Como havia apenas dois times em quadra, a brincadeira se desenrolava de forma tranquila. Foi quando num contra-ataque do time adversário, ele tentou cortar a jogada e sentiu como se fosse atingido por uma pedra na perna, inclusive ouviu um barulho. “Ainda perguntei se alguém tinha me sacaneado e arremessado uma pedra em mim”, claro que não, foi quando passou a mão e sentiu um buraco no lugar do tendão de aquiles.

Na mesma noite, passou por cirurgia para reconstrução do tendão. Perdeu a lavagem do Bonfim, faz questão de ressaltar que descontou este ano. Quando começou o trabalho com o fisioterapeuta Mauro Carvalho, o corpo respondeu, lembrou que na adolescência o esporte fazia parte do cotidiano.

“Quando começou a fisioterapia, o corpo reagiu bem e se dedicou a recuperação total da cirurgia, foi se habituando com os exercícios de fortalecimento da musculatura e quando estava caminhando bem, acrescentou aos exercícios, musculação dos membros superiores. Em agosto começou a correr na esteira. Distâncias aumentando e tempo diminuindo”.

Da esteira para rua:

“Comecei a gostar. Conversei com Breno, um amigo que já corria na rua e marcamos. No início de setembro fiz minha primeira corrida de rua, gostei mais ainda de correr. De lá para cá, fui praticando e tornei a atividade um hábito, entrei num grupo de corridas e a paixão só aumentou. Decidi me inscrever na Maratona Salvador, depois, na Track&Field Run Salvador, aproveitei uma viagem e participei da Maratona Moinho dos Ventos, em Porto Alegre-RS. Foram as três corridas que participei em 2018”.

Mudança de hábitos:

“Na alimentação, comecei a melhorar a qualidade, não pensando em emagrecer, apenas em saúde. Fui tirando alguns alimentos que devemos evitar, principalmente à noite, com isso, saí dos 101 quilos que pesava antes da lesão para os atuais 82 quilos. Me sentia feliz e não me enxergava como vejo hoje nas fotos. Acho que a lesão foi a melhor coisa me aconteceu, penso que tenha evitado algo mais sério. Algumas pessoas me perguntam como consegui emagrecer, respondo que a fórmula todo mundo sabe, atividade física e bons hábitos alimentares. Mas, o importante é buscar a felicidade, ser feliz independe do peso, tem de procurar uma atividade que seja prazerosa, eu estou aberto para o esporte em geral, amo correr, é um esporte democrático, pessoas de diversas classes socioeconômicas se encontram pelas ruas e competições e todos se cumprimentam, se incentivam. Falta de tempo não pode ser impedimento, eu achava que não tinha, hoje acordo mais cedo, mais disposto, mais feliz”.

A Solidariedade e alegria da atividade física:

“Eu descobri na corrida algo fabuloso. A atividade da corrida é algo inexplicável, quando fui correr a Maratona Salvador, percebi a energia que envolve a corrida de rua, é contagiante. A competividade, quem vai ganhar, é o que menos se pensa na hora. Você vê só solidariedade, incentivo. Muita gente confraternizando. É algo que falta palavras, puro sentimento. Aumentamos o ciclo social, com pessoas de outras profissões que vivenciam um esporte que nos traz bem-estar”.

Alessandro afirma que a prática esportiva regular traz disciplina:

“Através da corrida, fiquei mais disciplinado e determinado. Se planejo, cumpro minhas metas, na parte física e profissional. O foco começou na fisioterapia, continuei querendo mais e hoje a corrida é cada vez mais prazerosa”.

Como mensagem final, Alessandro aconselha a busca pela felicidade e bem-estar.

“A felicidade não é algo permanente, é dividida em momentos, então, procurem aumentar a quantidade de momentos prazerosos. Faça um esporte que te deixe estimulado, descubra o que lhe traga felicidade”. Finaliza Alessandro.

Fotos: Arquivos pessoal