Entenda o caso de racismo envolvendo jogadora do Bahia; técnico segue preso
Na partida que marcou o acesso à Primeira Divisão do Futebol Feminino das meninas do Esporte Clube Bahia, um caso de racismo manchou toda a festa, já que o treinador do JC, Hugo Duarte, usou ofensas racistas contra as atletas do time Tricolor. Uma das jogadoras foi chamada de ‘macaca’.
De acordo com a Polícia Civil, o treinador segue detido na Central de Flagrantes, para onde foi levado na noite desta segunda-feira (8), pouco após o jogo, por uma equipe do Batalhão Especializado de Policiamento em Eventos (BEPE). Ele foi autuado em flagrante e está à disposição da Justiça.
A atleta Suelen se pronunciou sobre o crime cometido pelo português Hugo Duarte, treinador da equipe amazonense e em publicação feita em seu perfil no Instagram, a jogadora afirmou que o comandante do JC “utilizou de mecanismo de opressão para inferiorizar sua negritude”.
“A Constituição Brasileira delineia o direito de ser tratado como igual perante os demais membros da sociedade, sem discrição de etnia e raça. Entretanto, lamentavelmente, ontem, na partida que garantiu o tão esperado acesso para a elite do futebol brasileiro, fui submetida ao ato de racismo praticado pelo criminoso treinador do time adversário, pois utilizou de mecanismo de opressão para inferiorizar minha negritude”, declarou a atleta.
A Federação Bahiana de Futebol (FBF) repudiou, por meio de nota oficial, os atos racistas praticados pelo treinador do JC, o português Hugo Duarte, contra a atleta Suelen, do Esporte Clube Bahia.
Em meio ao escândalo de injúria racial a equipe do Amazonas emitiu uma nota oficial repudiando qualquer tipo de racismo, garantindo que estão averiguando todas informações necessárias.
A árbitra do jogo entre Bahia e JC, Jady Jesus Caldas relatou que “ao final da partida houve um confronto generalizado dentro de campo, sendo necessária a intervenção policial. Foi relatada a equipe de arbitragem e ao policiamento pela jogadora número 77, Suelen dos Santos da Silva, do Esporte Clube Bahia, que o técnico do JC futebol clube, sr. Hugo Miguel Duarte Macedo, teria deferido as seguintes palavras com dedo em riste para a mesma: ‘sua macaca, sua macaca’ tentando a gredi-lá fisicamente”, diz o trecho da súmula.
A partida terminou empatada em 0 a 0. No jogo de ida, no Amazonas, o Bahia venceu por 2 a 0. Nas semifinais, as Mulheres de Aço vão enfrentar o Sport, com decisão em dois jogos, valendo vaga na decisão da Série A2 do Brasileirão feminino.
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